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terça-feira, 10 de março de 2015


  GALHA ENTOMÓGENA:
 As galhas são transformações atípicas dos tecidos vegetais, hipertrofia e/ou hiperplasia, provocadas pelo desenvolvimento de inúmeros organismos, principalmente insetos, no estado larval ou pupal (Fernandes et al. 1988). O desenvolvimento de galhas tem sido uma estratégia adaptativa de muitos insetos para conseguirem alimentos e ainda proteção contra seus predadores (Gonçalves-Alvim & Fernandes 2001). Embora as galhas entomógenas ocorram em qualquer parte das plantas, desde as extremidades das raízes até partes vegetativas e reprodutivas, elas são mais comuns nas folhas e ramos, ocorrendo em grande número de famílias botânicas. As galhas causadas por ácaros e homópteros podem ser dotadas de uma abertura para o exterior, já aquelas causadas por Diptera, Hymenoptera, Coleoptera e Lepidoptera, em geral, são inteiramente fechadas. As mais comuns são aquelas causadas por dípteros cecidomiídeos (Fernandes et al. 1988). 

      Esta explanação foi feita pelo Professor. ESP Joilson Ribeiro Gomes, em uma aula de campo com os alunos do Segundo Período de Ciências Biológicas da FEAP em 2014. A aula foi realizada no Parque Estadual do Desengano (PED) localizado no município de Santa Maria Madalena, interior do estado do Rio de Janeiro.

domingo, 1 de março de 2015

Observação ao processo de Sucessão Ecológica


Liquens

     O líquen é uma associação simbiótica entre um fungo e um microrganismo fotossintetizante. O componente fúngico de um líquen (o micobionte) é, na grande maioria, dos casos um fungo do Filo Ascomycotina e, mais raramente, Basidiomycota. O componente fotossintetizante (fotobionte, também chamado de ficobionte em alusão à alga) é, em geral, uma Chlorophyta ou uma cianobactéria (ou, muito raramente, uma bactéria autotrófica). O líquen é portanto uma associação geralmente de dois componentes- o heterótrofo (sempre em número de um) e o fotoautótrofo (geralmente em número de um, e ocasionalmente dois ou até mais. Por muito tempo acreditou-se, sem duvidar, que se tratava de uma associação mutualística de modo que os componentes liquênicos não poderiam viver separadamente e que havia troca de benefícios mútuos. O fotobionte fornece à associação produtos da fotossíntese e, no caso, de ser uma cianobactéria, fornece também nitrogênio. Os benefícios recebidos pelo fotobionte e proporcionados pelo micobionte são menos óbvios, mas pode incluir proteção a dessecação, radiação excessiva manutenção de uma alta pressão parcial de dióxido de carbono (em virtude da atividade respiratória) e a fixação e provisão de nutrientes minerais retirados do substrato. Os fotobiontes da associação liquênica também ocorrem isoladamente na natureza, o que não ocorre com os micobiontes, indicando que a associação é muito mais benéfica para o micobionte do que para o fotobionte, o que contradiz com a definição formal de mutualismo simbiótico. De qualquer modo, quando estão habitando ambientes extremos (são populações pioneiras de variados habitats), a chance de sobrevivência só existe quando estão associados.
        
    Os líquens são cosmopolitas, sendo encontrados em todos os possíveis tipos de ambientes terrestres, inclusive aqueles mais extremos, como desertos, geleiras e afloramentos rochosos. Os líquens saxícolas são os colonizadores pioneiros de substratos rochosos, degradando-os por meio dos ácidos liquênicos. Os líquens funcionam ecologicamente como produtores. Em certos ecossistemas, como os de Tundra, os líquens são responsáveis pela maior parte da produção primária. Podemos dizer assim que estes organismos simbiontes fazem papel importante nos processos de sucessão ecológica. (UENF, 2012)


OBS: Estas fotografias foram feitas em uma aula de campo inaugural oferecida para a turma do Primeiro Período de Ciências Biológicas da FEAP.

Bromélia


1° Aula de Campo (1° Período de Ciências Biológicas) Observação da Sucessão ecológica, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.